Se já praticou Pilates ou está a pensar começar a praticar esta modalidade, provavelmente já ouviu falar nas duas abordagens: Pilates Clássico e Pilates Contemporâneo. Mas afinal, o que realmente as diferencia? Ambos são métodos eficazes para fortalecer o corpo, melhorar a flexibilidade e aumentar a consciência corporal.

Neste artigo vamos explorar de forma detalhada as semelhanças e diferenças entre o Pilates Clássico e o Pilates Contemporâneo. Para descobrir, continue a leitura!

O Pilates Clássico tem a sua origem no Método desenvolvido por Joseph Pilates. Este sistema é uma versão fiel do que o Pai do Pilates idealizou e ensina desde o começo do século XX. A abordagem segue uma sequência predefinida de exercícios, com uma ordem específica, número fixo de repetições, transição entre movimentos e sem pausas. É um método de condicionamento físico. Os movimentos são construídos de forma gradual e podem ser adaptados conforme a necessidade e as limitações de cada pessoa.

Já o Pilates Contemporâneo tem vindo a sofrer evolução, adaptando-se às necessidades e preferências dos alunos. Apresenta uma abordagem mais flexível, permitindo a inclusão de novos exercícios e técnicas. Os exercícios são livres e não existe uma sequência nem um número de repetições ou ordem pré-estabelecidos. O programa de exercícios é elaborado pelo instrutor adaptado a cada cliente. Geralmente são explorados exercícios novos a cada aula.

No Pilates Clássico, cada aula segue uma sequência definida, conhecida como “ordem”, criada por Joseph Pilates para promover equilíbrio entre força e flexibilidade. Os exercícios são feitos numa ordem específica para garantir progressão e consistência nos resultados.
O Pilates Contemporâneo oferece mais liberdade na seleção e ordem dos exercícios.

No Pilates Clássico os equipamentos originais criados por Joseph Pilates – como o Reformer, a Wunda e Eletric Chair – são utilizados nas suas versões originais, com medidas e configurações estabelecidas pelo próprio criador. Este aspecto garante a precisão nos ajustes e no alinhamento corporal durante os exercícios. O Reformer possui 4 molas, a Wunda e a Eletric chair 2 molas. Também usamos pequenos equipamentos assim como magic circle, theraband, alteres, toe corrector, bastões, push up.
No pilates contemporâneo também são utilizados os equipamentos criados por Joseph, porém, as medidas variam conforme a marca do fabricante. O reformer apresenta-se com 5 molas e com diferentes cargas. Além disso, podem-se utilizar muitos acessórios de outras modalidades como banda elástica, softball, rolo, entre outros.

No Clássico existe um conjunto específico de exercícios, com a mesma sequência e número de repetições. Isso ajuda a criar consistência, fortalecer a memória muscular e garantir que cada aluno avance de maneira segura e eficaz.
Por outro lado, o Pilates Contemporâneo oferece mais variedade. As aulas são mais dinâmicas, com o instrutor a introduzir novos exercícios e modificações constantes, sendo envolvente e desafiador.

Numa aula de Pilates Clássico, o foco está na autonomia de cada pessoa. Cada aluno é incentivado a ajustar o equipamento de forma autónoma, como trocar as molas do Reformer ou posicionar a box correctamente. As aulas não são iguais, porém existe a repetição dos exercícios para se conseguir uma correta aprendizagem e evolução. É importante ter uma base sólida para construir movimentos com segurança e só depois avançar no método. Além disso, no Pilates Clássico, o comando verbal do instrutor é fundamental para orientar a execução correta dos movimentos. Os professores geralmente não demonstram os exercícios, mas fornecem instruções claras e detalhadas para garantir que o aluno execute a técnica de forma precisa, tornando a aula mais fluída.

Já no Pilates Contemporâneo é comum que o instrutor demonstre os movimentos, além de dar orientações verbais. Este estilo pode ser mais visual, o que ajuda alguns alunos a compreender melhor os exercícios e a realizar os movimentos com mais facilidade.

Ambos os métodos – Pilates Clássico e Pilates Contemporâneo – compartilham os princípios fundamentais do Pilates: concentração, controle, precisão, fluidez, respiração e centralização (conhecido como “powerhouse”). Porém, a forma como eles são aplicados pode variar.

No Pilates Clássico, a respiração e a ativação do powerhouse (centro do corpo) são essenciais para a execução dos movimentos, e a concentração é vista como um princípio filosófico, ajudando o aluno a alcançar uma conexão profunda entre mente e corpo. A respiração ajuda a potenciar o trabalho de alguns exercícios, como são o caso do hHundred, Double Leg Stretch e Spine Stretch Forward do Mat, Coordenation e Backstroke do Reformer.

No Pilates Contemporâneo, a respiração também é uma prioridade, mas é tratada de forma um pouco mais acessível e pragmática, com foco em exercícios variados e adaptações para diferentes necessidades.

Enquanto no Pilates Clássico o ambiente deve ser silencioso e sem distrações, para que os alunos se possam focar totalmente na prática. O aluno finaliza a aula em pé, terminando a sessão com o corpo energizado e ativo.

No Pilates Contemporâneo é comum que se use música ambiente, criando uma atmosfera mais relaxante ou energizante, dependendo do objetivo da aula. O aluno finaliza a aula consoante a escolha do instrutor. Pode ser um alongamento passivo, uma massagem, uma terapia manual ou técnicas de respiração.

Ambas as abordagens têm as suas qualidades e, em última análise, a escolha entre Pilates Clássico e Pilates Contemporâneo depende das suas preferências pessoais e dos seus objetivos de saúde e bem-estar.

Qualquer que seja o método escolhido, o importante é que ambos promovem um fortalecimento profundo do corpo, aumentam a flexibilidade e trazem uma maior consciência corporal. Então, que estilo de Pilates vão experimentar primeiro? Vejam aqui as várias opções que temos no nosso estúdio.